Um dos assuntos que a gente vem falando ultimamente bastante é sobre a
transformação digital, como é um assunto que se fala bastante por aí a gente
acaba perdendo um pouco a noção do real significado dessas palavras, afinal, o que
é a transformação digital?
Um jeito bom de perceber o que são as coisas é olhar
como elas estão ao nosso redor, porque a transformação digital não é mais uma
teoria, é uma coisa que está acontecendo na prática. A gente tem de um lado toda a
evolução dos dispositivos, dos smartphones, dos dispositivos móveis que permitem hoje,
diferente do que há dez anos atrás, a gente consiga pedir táxi num o apertar de um botão.
Então a pergunta que fica, já que a transformação
digital já tá aí ao nosso redor, é o que nós estamos fazendo a respeito, porque os
seres humanos querem ter fora da empresa e dentro da empresa as mesmas facilidades,
a gente também quer dentro da empresa apertar um botão e resolver as coisas, como os nossos clientes também
esperam. Os nossos clientes passaram a comparar o nosso serviço com o serviço de outros
mercados, na cabeça dele funciona assim: “Puxa, se eu consigo um táxi em quatro
minutos apertando um botão porquê dessa empresa eu tenho que ligar e ficar 30 minutos?”, então
já não é mais uma comparação entre concorrentes mas é uma comparação entre experiências.
Dentro das corporações, pensando nos colaboradores, uma área importante que precisa ser modernizada e
precisa ser transformada digitalmente é a área de comunicação. A área de comunicação é aquela que troca
informações entre empresa e colaboradores e viabiliza a comunicação rápida entre os colaboradores para que o trabalho seja
feito da forma mais eficiente possível.
Quem não quer que as pessoas das nossas empresas colaborem entre si? Todo mundo
quer isso, quem não quer que as pessoas estejam engajadas, participativas, trocando
informações rapidamente? Todos nós queremos isso, o problema é que isso não é comum
na maioria das empresas que ainda não passaram por um processo de transformação digital, por exemplo a
gente coloca uma rede social corporativa para as pessoas conversarem entre si e
um dos grandes temores que ocorre, e isso a gente vem tratando nas áreas de
comunicação, é um medo de que as pessoas possam se comunicar, curioso isso, ter medo que as pessoas possam falar
demais.
“Puxa se eu colocar uma rede social corporativa as pessoas vão falar, podem
falar sobre a empresa, podem falar sobre os benefícios, podem falar sobre a vaga
do estacionamento”, sim, o que a gente costuma dizer é que elas já estão falando, a
diferença que você não sabe aonde.
Essas conversas acabam em um corredor, acabam na
mesa do café e quando você traz para o ambiente corporativo, primeiro que as pessoas
tendem a se comportar de um jeito um pouco diferente, segundo se nós somos uma empresa
transparente e quer realmente melhorar a vida das pessoas, ao ver a informação ali, por mais que ela
possa ser de um dos momentos mais calorosos e discussões mais apimentadas, nós temos condições de olhar para as
coisas e ter uma visão real do que está acontecendo e poder dar as respostas.
A área de comunicação é de não só uma transformação tecnológica, não se trata
de colocar o ferramental, como a gente já ouviu algumas pessoas nos perguntando “Basta
a gente colocar ferramentas tecnológicas pra resolve o problema da transformação digital”, na verdade é um pouco mais do
que isso, é preciso uma mudança de cultura, é preciso que a empresa identifique, a área de comunicação em especial identifique que a forma de se comunicar mudou e propiciar aos colaboradores uma forma de comunicar como eles esperam que seja, rápida, fácil, através de poucas informações, e aí nós vamos atrás do ferramental tecnológico para fazer
isso.
Cada empresa tem uma característica, muitas vezes a característica da empresa é um mix entre o
que a empresa é enquanto negócio, é natural de imaginar e estou pensando em alguns clientes
nossos, uma empresa da área de mineração tem uma característica, uma empresa da área de siderurgia
tem outra característica, advogados têm outra característica, tecnologia, enfim, e um pouco também na forma com que os gestores empregam a forma de trabalhar.
Então aqui vale uma meditação de que essa mudança de cultura necessariamente não é
igual em todos os lugares, mas ela precisa ser impulsionada em todos os
lugares com a dose, o tom de voz, com o ritmo que cada um precisa ter.